20 julho 2011

Mais poemas eróticos de Janaína Assunção


 


 Te possuir 

Como te descrever, meu delírio, ao possuir-te...
Tu, fêmea escultural, que de meus olhos nunca escapa
Que da minha boca não se desaguarra
Que dos meus desejos nunca se separa.


Fêmea desejosa que provocantemente me enlouquece
Com este ar de superioridade, me faz perder o sono
As madrugadas espero por você ( um macho insaciável!)
Espero atar-te no meu corpo e fazer-te absolutamente minha!


Como me conter, se ao passar-te por meus olhos, me provoca astuciosamente...
De propósito me faz pulsar o sangue dormente.
Tu, fêmea fugaz, me incentiva a querer viajar nesse corpo
Que, parece despercebidamente, me atrair.



Se não fosse tu, fêmea louca, eu não sentiria esse gozo
Esse contentamento e esperança de um dia ser teu
De um dia e para sempre possuir-te por completa
Enlouquecendo-te com meu corpo como tu, fêmea, o faz com o meu!



 


 


 


 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

Nosso lugar 


Só existe lugar para você e eu...
Um lugar ocupado por nossos corpos unidos, atados, colados
Onde o fazer amor é tão somente uma sublime recompensa
Onde nenhum de nós procura pronunciar uma palavra sequer...


Estamos grudados um no outro e não há tentativas de separar-nos
Teu corpo, tão bem encaixado no meu, só pede amor
Meu corpo, tão bem encarnado no teu, delira de dor.
Estamos a sós...Ninguém para nos incomodar...


Para mim, o melhor lugar para se estar é no teu corpo
É onde me realizo, me solto, me consumo de prazer...
Para você, o melhor lugar também é o meu corpo
Que te respira, te suga, te alimenta em te-me...


Enfim, renuncio-me a ti, me ofereço como uma carne suculenta,
Esvazio-me de receios, de pudores somente para melhor satisfazer-te.
Você, embrutecidamente ao mesmo tempo que suavemente, se esguia em mim:
Contorce-se, aconchega-se, entrelaça-se faminto para me possuir!


E enfim...Nos possuímos, nos devoramos mutuamente.
Você, com a carne ardente em desejos incontidos
Devora-me como se fosse a última vez...
Eu, uma fêmea carente de ti, entrego-me sem reservas...


O lugar, enfim, não nos cabe, não nos preenche...
Em dado momento, tudo se torna incompreensível.
Não existem palavras...somente gemidos
De um amor misturado com dor por nos possuirmos!
 

13 junho 2011

Dois poemas eróticos de Janaína Assunção

Enlouquecer

Já não percebo o chão, o cheiro, a chave da sua porta que me abre para o amor...
Enlouquecido por seus beijos infames, traiçoeiros e eróticos, desnudo-me para ti.
Com tua saliva abundante em meu corpo - o melhor dos meus banhos!
Com dentes suplicantes por uma promessa de eternizar o momento, devora-me!

Como a carne mais frêsca, cheirosa, convidativa ao seu caçador veloz,
Rendo-me, renuncio-me, alimento-te.
Doce carne com pimenta aromática decorada de saliva e suor.
Enlouqueço-me como um predador de amores furtivos e incontidos!


Com a dança que estremece o ventre adornado de enfeites mil,
Tu, fêmea encantadora de meus inexplicáveis prazeres, enlouque-me.
As muralhas de minha razão, meus limites todos , tu fazes cair.
E nem mesmo a melhor das minhas imaginações surpreendem-me por ti!

Tudo o que você parece desejar ao cantar no meu corpo é enlouquecedor.
Não há mais pêlos para arrepiar, não há mais o que conter : nem gritos, nem sussurros...
A mulher do meu sonho, do meu corpo, do meu prazer, da minha vida,
É das fêmeas, a mais atrevida e pura, incontida e nua, pervertida e crua...

Com esta mulher enlouquecer é morrer várias vezes para a morte e renascer mais que mil para a vida.
Com ela enlouquecer é tirar o corpo de mim mesmo e doar-me sem reservas para somente ser dela.
Com esta fêmea desejo caçar as madrugadas sedentas de todo prazer fugaz.
Enlouquecê-la de beijos, salivas, suores, mordidas...cantá-la afinando-a nas cordas do meu corpo de amor!


Poemeto erótico


Eu me delicio no teu suposto corpo tão desejado por mim
E me embrenho nestas densas matas quase que inexploradas...
São tantas sensações prazerosas, que atingimos o ápice sem parar,
Como que num movimento não só corporal, mas também psicológico...

Em me arrebento de entregas múltiplas e sensacionais no teu colo
E me entrego à melhor das viagens no teu corpo suado, molhado, atado ao meu.
São gotas de lágrimas entrelaçadas às células incontidas de nossos corpos.
Fervemos, esmorecemos e posteriormente, recompensamo-nos...

Mutuamente sou você em mim e você sou eu novamente em você.
Intuitivamente procuramo-nos, alternamo-nos, enlaçamo-nos inúmeras e incontidas vezes...
E eu já não sei o que sou (se sou), como sou em você.
E você já não se vê, não se sente, não se percebe toda de uma única vez em mim.

Poemas de Janaína Assunção


Moça
 
No ápice de nossos corpos
Está você, moça, que suga minhas energias...
Que com tão suave toque,
Me conduz ao mais supremo dos prazeres!
 
No entrelaçamento de nossos corpos
Onde não há mais espaço, 
Ofegante como uma presa à caça,
Você, moça, desesperadamente me ama!
 
No mais sublime gemido de renúncia
Em que já não há mais palavras,
Ficamos unânimes em um êxtase
Que perdura sobre nossos corpos!

Moça, o corpo que é só teu
Pode agora ser também só meu...
Na união frenética e possessa
De nossos enlaçacos corpos!


Sede e fome

Tenho sede... esta mulher cheia de contornos,
É a delícia dos meus prazeres sem fim.
É a mais apetitosa água
Que escorre pelos meus lábios e dedos e pernas...


Tenho fome... esta criatura tão sensível
É o único motivo pelo qual não resisto!
É o mais doce dos favos de mel
Que umedece meu corpo desejoso...

Tenho sede e tenho fome desta candura sensual
É a mais bela obra dos meus prazeres
É a mais esculpida dos corpos que já apalpei...

Sede e fome desta efêmera rosa avermelhada
Incontida entre lençóis...
Que, roçando entre meus membros, me conduz ao infinito prazer!

22 maio 2011

Dois Poemas Eróticos de Janaína Assunção


Gosto do teu cheiro de suor grudado no meu corpo
Gosto do teu beijo açucarado de tanto doce desejo
Gosto dos teus membros inferiores roçando meu ventre
E os teus superiores deslizando em meus cabelos...
 
Busco lembrar-me, segundos depois, da sua incontinência
Busco recordar de cada momento e movimento
Busco desesperadamente sentir de novo tamanho prazer
E pelo sono e cansaço rondo-me em meio a tanta euforia.
 
Chamo teu nome a todo instante nos meus sonhos ardentes
Chamo você de novo para mais uma vez nos amarmos
Chamo teu corpo, teu cheiro, teu suor, teu gosto quentes
E quando os possuo me derramo de orvalho...
 
Quero anciosamente possuir-te nos meus braços
Quero novamente sentir-te ao meu lado
Quero loucamente envolver-te no meu corpo
E descobrir-te e descobrir-me por inteiro...
 



Sensualidade

Suaves dedos angelicais que passeiam pelo meu corpo arrepiado
Longos cabelos cacheados que permeiam meu rosto
Delicados lábios ardentes que se fartam do meu suor
Sedosos braços brancos que me prendem ao teu corpo.
 
Precioso gosto de uma fruta desconhecida
Cujo aroma me é apetitoso
Cujo aspecto me é atrativo
Cujo desejo me é necessário...
 
Saboroso gosto de pêra, nêspera, pêssego
Aveludados, temperados e ainda avermelhados...
Delicados cachos de uvas amadurecidas
Cuja fertilidade anuncia outra primavera...
 
Mulher fértil, abastecida de adornos incomparáveis
Que, despida, é toda delícia dos frutos
E vestida, toda cobiça do meu pomar
Mulher carnal, nua e também sensual...
 
Gosto do teu rosto macio e corado, mulher angelical
Gosto das tuas tranças desfeitas envoltas nas minhas pernas
Gosto das lábias que tem os teus lábios para me seduzir
Mas gosto mais ainda de você completa, minha e nua!