por Ulysses Rocha Filho
Coisa de MinutoVem, me pega, me morde
Me joga na parede
me faz lagartixa
que o homem vem
que a sogra espreita
que a adrenalina subiu
que o cio pede
e eu desejo ardentemente!
Vem, me xinga
me pega de jeito
de qualquer jeito
à qualquer hora
quando puder
e quando quiser...
Tô fazendo justiça com mãos
matando cachorro a grito
Metendo os pés na jaca
No minuto do sexo sem nexo
Pra dizer que te quero!
Quirodáctilo
Toquei o dedo no meio
Do nada do sexo
E comecei acariciando
O mais belo favo de mel...
Viajei por outros caminhos
Desci aos infernos da solidão
(Percebendo presença de multidão)
Mas alcancei um prazer supremo....
Como nunca imaginara,
Descobri na dor do prazer,
entre o dedo indicador e o anelar,
A falsa realização do sonho...
Em cada palavra – mentiras!
Em cada olhar – verdades!
Em outros sonhos – ilusão!
Em cada dedo, no sexo – um não!Ulysses Rocha Filho é professor, mora em Catalão-Go, escreve seus contos e poemas, relaciona literatura e cinema além de tentar ser pai e marido exemplar e manusear um blog: ULYSSITUDES.
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