Por Eliane Canedo
Este
conto conta a história de madre Clara que vivia no convento, por exigência da
família, e com o passar do tempo ela foi se descobrindo e viu que não era
aquilo que ela queria.
Sonhava
com homens e queria mesmo era casar, isso foi mesmo o que aconteceu porque ela
tanto fez que foi embora do convento. E logo conheceu um homem e se casou
e teve vários filhos...
O
conto nos faz voltar a um tempo em que moças de família eram obrigadas a viver
no convento por imposição dos pais, assim escondendo os desejos das moças... Isso
podemos relacionar ao que se chamaria hipótese repressiva sobre a qual podem
ser levantadas três duvidas. Primeira dúvida: a repressão do sexo seria,
mesmo, uma evidência histórica? O que se revela numa primeira abordagem e
que autoriza, por conseguinte, a colocar uma hipótese inicial... Um regime de
repressão ao sexo.
Clara
foi levada a um mundo de devoção a Deus, no qual ela fielmente tentou manter-se,
mas com o tempo o desejo foi aumentando e ela, não aguentando aquele desejo de
sexo, de conhecer um homem, foi levada a abandonar a vida religiosa que nada
tinha em comum com ela, era mesmo por causa da família que ela se deixou levar ao
convento.
A
repressão acontece desde a época das sociedades burguesas do XVII, sempre, às
vezes somos obrigados a fazer coisas que não queremos, só para o bem estar de
alguns (na maioria família). E até hoje se vê isso, pois nós mulheres somos
criadas ou para ser dona de casa e esposa perfeita ou ir para o convento e
seguir uma vida religiosa. Ainda
bem que a repressão está diminuindo, a mulher de hoje está totalmente
independente profissionalmente e aumentando sua autoestima e seu potencial.
Referências:
LISPECTOR, Clarice.
Melhor do que arder. In: ______. A via
crucis do corpo. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
FOUCAULT,
Michel. História da sexualidade I: a
vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A.
Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
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